Desinformação na escola: um guia prático para professores que desejam usar a Inteligência Artificial (IA) para desenvolver o pensamento crítico e o letramento digital dos alunos.
A velocidade com que a IA cria informações e imagens falsas, conhecidas como deepfakes, está transformando o ambiente digital em um desafio constante. A desinformação na escola deixou de ser apenas boatos para se tornar manipulação visual e textual sofisticada.
O papel do professor é fundamental: mais do que ensinar conteúdo, ele deve formar alunos capazes de distinguir o que é real e o que é fake.
Este artigo apresenta estratégias práticas para trabalhar o pensamento crítico e deepfake na educação, transformando a IA em uma aliada na aprendizagem.
A facilidade com que o público consome conteúdo nas redes sociais sem checar a fonte torna a escola o campo ideal para o letramento digital. A IA potencializa esse desafio por dois motivos principais:
Ferramentas de geração de imagens, como o Nano Banana, produzem fotos e vídeos ultra-realistas, tornando difícil distinguir o que é verdadeiro do que é manipulado.
Os algoritmos filtram informações conforme preferências individuais, reforçando crenças e reduzindo a exposição a perspectivas diferentes — o que enfraquece o raciocínio crítico.
Diante disso, o professor torna-se um mediador essencial, guiando os alunos a questionar, investigar e refletir sobre a realidade digital.
Aqui estão cinco atividades prontas que você pode aplicar imediatamente em sala de aula para estimular o pensamento crítico e o letramento digital.
Ensine seus alunos a duvidar do óbvio e a investigar a origem das informações.
Prompt para o professor:
“Crie um exercício de ‘detetive de notícias’ para a aula de [matéria].
Apresente uma notícia polêmica e peça aos alunos que usem o Gemini para listar 5 fontes confiáveis (como universidades, órgãos oficiais e institutos de pesquisa) que possam confirmar ou desmentir a informação.”
Mostre aos alunos como a IA pode criar imagens convincentes, mas imperfeitas.
Atividade prática:
Peça que usem uma ferramenta de IA para gerar uma imagem com um detalhe impossível (ex: “um gato com três olhos lendo um livro”).
Depois, analisem juntos as falhas de renderização e discuta como identificar sinais visuais de imagens falsas.
Trabalhe a ética digital e a responsabilidade no uso da IA.
Prompt para o professor:
“Crie um debate com o tema:
‘Um aluno usou o Gemini para escrever um artigo e tirou nota 10. Ele merece o crédito total?’
Forneça três argumentos a favor e três contra para embasar a discussão.”
Essa atividade desperta a reflexão sobre autoria, honestidade e uso ético da tecnologia.
Explique que a IA não é neutra — ela reflete os dados com os quais foi treinada.
Atividade prática:
Peça aos alunos para pesquisarem dois termos, por exemplo:
“professor”
“executivo”
Em um gerador de imagens, analisem gênero, idade e etnia das pessoas retratadas.
Discuta os padrões observados e explore como esses vieses moldam percepções sociais.
Promova a autonomia dos alunos na criação de regras de uso responsável da IA.
Prompt para o professor:
“Peça aos alunos que criem um Código de Conduta Digital com 5 regras essenciais para o uso ético da IA e o combate à desinformação na escola.”
O código deve ser simples, colaborativo e focado em responsabilidade, respeito e cidadania digital.
Ao aplicar essas estratégias, você estará blindando seus alunos contra as armadilhas da desinformação, transformando a IA em uma ferramenta de investigação e aprendizado.
O professor deixa de ser apenas transmissor de conteúdo e se torna o mediador essencial da era digital, formando alunos preparados para o mundo hiperconectado.
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Prof. Julio César Passos
Mentor de Professores na Era Digital
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2 Responses
Parabéns pelo excelente artigo! A reflexão sobre o uso da Inteligência Artificial no desenvolvimento do pensamento crítico e do letramento digital é extremamente relevante para o contexto educacional atual. As estratégias apresentadas são claras, práticas e oferecem subsídios valiosos para o trabalho docente. Agradeço por compartilhar um material tão significativo, que contribui para fortalecer a atuação dos professores diante dos desafios da desinformação digital.
Temos um longo caminho pela frente e juntos vamos conseguir. Muito obrigado professora